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Análise: Valmir e Emília estão mesmo “de boa”? Declarações de Ícaro de Valmir reacendem dúvida sobre união no grupo

Análise: Valmir e Emília estão mesmo “de boa”? Declarações de Ícaro de Valmir reacendem dúvida sobre união no grupo

Emília Corrêa, prefeita de Aracaju, e Valmir de Francisquinho, prefeito de Itabaiana

A fala do deputado federal Ícaro de Valmir, em entrevista à Rio FM nesta semana, joga luz sobre um bastidor que há muito tempo circula como sussurro entre lideranças da oposição em Sergipe: a relação entre Emília Corrêa e Valmir de Francisquinho está longe de ser tão pacífica quanto se tenta demonstrar publicamente.

Durante a entrevista, Ícaro detalha com firmeza como o grupo de Valmir, incluindo ele próprio, seu irmão e aliados políticos, se mobilizou intensamente no segundo turno das eleições de 2024 para eleger Emília Corrêa prefeita de Aracaju. “A gente acampou em Aracaju. Não voltamos para casa. Fomos de bairro em bairro levando o nome de Emília”, afirmou.

Mas o tom muda quando ele fala do que veio depois: a falta de reconhecimento por parte da prefeita aos aliados que, segundo ele, foram essenciais na virada eleitoral que garantiu sua vitória. Ícaro revela que Valmir esperava que essas lideranças, que se afastaram até de cargos e alianças do governo estadual para apoiar Emília, tivessem espaço dentro da nova gestão. O problema? Até hoje, isso não aconteceu.

“Essa chateação de Valmir existe”, afirmou Ícaro. “O que ele queria era que essas pessoas fossem lembradas”.

Essa fala desmonta, ou ao menos fragiliza, o discurso de harmonia dentro da aliança. Mostra que há um ruído real, talvez não entre os dois diretamente, mas entre os grupos que representam. Valmir, figura de peso no interior e líder de um eleitorado fiel, sente que a vitória de Emília foi em parte construída com seu capital político (e que ele foi cobrado, mas não reconhecido).

A pergunta que fica: há espaço para reconstrução, ou os gestos públicos de unidade são apenas um disfarce para um distanciamento em curso? Até aqui, a resposta parece mais inclinada à segunda opção. E, como se sabe na política, o tempo até 2026 é suficiente para qualquer reviravolta, inclusive para rompimentos que hoje estão apenas sendo empurrados com a barriga.

Veja as declarações de Ícaro de Valmir

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