Durante entrevista à rádio Rio FM, a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, voltou a afirmar que está sendo perseguida pelo que chamou de “sistemão”, insinuando que há uma articulação para torná-la inelegível. Sem apresentar provas ou citar nomes, Emília mais uma vez lançou suspeitas que ganharam repercussão imediata.
Em resposta, o governador de Sergipe, Fábio Mitidieri, foi questionado sobre o assunto e rebateu de forma direta. Afirmou que não faz parte de nenhum “sistemão” e aproveitou para desafiar publicamente a prefeita a formalizar as denúncias.
“Ela disse que foi ameaçada, mas nunca procurou a SSP para registrar quem a estaria ameaçando. Agora diz que querem torná-la inelegível, mas também não diz quem. Coloco a Secretaria de Segurança Pública do Estado à disposição da prefeita para que ela possa formalizar suas denúncias. Não dá para só vir a público e jogar essas acusações ao vento”, afirmou.
Durante a fala, Fábio relembrou inclusive um episódio anterior: a justificativa dada pela prefeita, meses atrás, para alugar um carro blindado ao custo de mais de R$ 312 mil por ano. Na ocasião, segundo ela, a medida foi necessária após receber ameaças de morte de um empresário que tinha contrato com a Prefeitura antes de sua gestão — mais uma vez, sem qualquer comprovação formal apresentada.
Para o governador, esse padrão de declarações vagas e sem responsabilização precisa ser superado:
“É muito sério o que ela fala. A liturgia do cargo exige responsabilidade. Não se pode lançar acusações sem dar nome aos bois. Se está sendo perseguida ou ameaçada, que procure a SSP, até mesmo de forma sigilosa, para que se inicie uma investigação. Isso é de interesse público”.
Fábio reforçou ainda que deseja uma boa gestão para a capital, mas cobrou coerência:
“Não podemos permitir que narrativas soltas prejudiquem pessoas de bem. Ou apresenta os nomes e formaliza, ou fica difícil seguir tratando o assunto com seriedade”.
Diante do posicionamento firme do governador, fica o questionamento:
Terá a prefeita Emília Corrêa coragem de formalizar as denúncias que vem repetidamente fazendo diante dos microfones, ou continuará apenas no discurso, sem provas e sem nomes?