Plataforma criada durante a pandemia otimiza acompanhamento de frequência, refeições, distribuição de materiais e higiene dos alunos
Um sistema de gestão escolar desenvolvido por um professor da rede pública estadual de ensino em Sergipe está revolucionando a forma como as escolas controlam a frequência dos alunos e a distribuição de alimentação. A iniciativa, criada pelo professor de matemática Carlos Fernando, tem como objetivos centralizar e facilitar o acompanhamento da rotina escolar, registrando desde a entrada e saída dos estudantes até as refeições consumidas e materiais recebidos.
Criado durante a pandemia, o sistema foi idealizado no Centro de Excelência José Rollemberg Leite, quando a equipe diretiva buscava uma forma eficiente de identificar os alunos que necessitavam de receber alimentação na escola. A boa aceitação e os resultados positivos levaram à expansão e ao aperfeiçoamento da plataforma, que hoje também funciona em outras unidades da rede estadual, como o Centro de Excelência Leandro Maciel, o Centro de Excelência Professor José Carlos de Sousa e o Centro Estadual de Educação Profissional José Figueiredo Barreto.
Os estudantes dessas escolas recebem uma carteirinha com dados pessoais e um QR Code, que é utilizado diariamente para registrar a presença, as refeições servidas, incluindo os programas Barriguinha Cheia, lanche da manhã, almoço e lanche da tarde, além da entrega de absorventes higiênicos e material escolar. A plataforma também identifica restrições alimentares e alergias, garantindo a substituição adequada dos alimentos.
Segundo o professor Carlos Fernando, a proposta é dar mais autonomia e agilidade à equipe diretiva. “Esse sistema foi iniciado em 2020, mas hoje eu modifiquei e melhorei para que ele pudesse abranger mais coisas e mais escolas”, explicou.
Além da equipe escolar, estudantes monitores e jovens protagonistas recebem treinamento para operar o sistema, colaborando no registro das informações e no suporte à gestão. A plataforma também está sendo utilizada pela Diretoria de Educação de Aracaju (DEA), o que permite uma coleta mais rápida e precisa dos dados para análises institucionais.
A diretora do Centro Estadual de Educação Profissional José Figueiredo Barreto, Deise Nascimento, afirmou que o sistema tem ampliado a capacidade de planejamento e intervenção da escola: “Aqui nós demandamos muito da merenda. Quando sei qual tipo de alimento não agrada os estudantes, posso substituir por outro ou ajustar o preparo no cardápio. Além disso, também acompanhamos a frequência dos alunos e os horários de entrada e saída”.