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Moradoras de Sergipe são apontadas como ‘laranjas’ em esquema bilionário do PCC no setor de combustíveis

Foto: Receita Federal

Duas mulheres de Santo Amaro de Brotas, Sergipe, Ellen Bianca de Franca Santana Resende e Maria Edenize Gomes, foram identificadas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) como ‘laranjas’ em um esquema bilionário de lavagem de dinheiro liderado pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A investigação revelou que o grupo utilizava uma rede de pelo menos nove padarias e outras empresas associadas em São Paulo para ocultar patrimônio e dificultar a identificação dos verdadeiros donos dos recursos.

Conforme apurado, as mulheres figuram em documentos societários como forma de criar camadas fraudulentas para mascarar a propriedade real dos negócios, incluindo também lojas de conveniência e postos de combustíveis. O esquema envolve a troca frequente de sócios “laranjas” para dificultar o rastreamento dos bens, e nesta dinâmica Ellen Bianca foi substituída por Maria Edenize nos quadros empresariais das padarias, método observado também em outras empresas ligadas ao setor de combustíveis.

Tais práticas são comuns em organizações criminosas para proteger os verdadeiros beneficiários, utilizando pessoas sem comprovada capacidade econômica para ocultar patrimônio e movimentar grandes volumes de dinheiro. As defesas das duas moradoras de Sergipe não foram localizadas.

A operação que revelou o esquema envolve cerca de 1.400 agentes e investiga pelo menos 350 alvos, com um montante superior a R$ 7,6 bilhões em recursos supostamente sonegados, reforçando a dimensão e a complexidade do esquema conduzido pelo PCC no mercado de combustíveis.