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“Entrega” do HAMA em Aracaju gera controvérsia sobre méritos e discurso político

Foto: Secom PMA

A recente cerimônia da Prefeitura de Aracaju para marcar a “entrega” do Hospital da Mulher e Maternidade Lourdes Nogueira (HAMA) gerou debates nas redes sociais e entre lideranças locais sobre o real significado do evento. A gestão Emília Corrêa destacou a transformação da tradicional maternidade – que já funcionava há anos no bairro – em um hospital com estrutura ampliada e novos serviços, como forma de fortalecer a assistência à saúde da mulher na capital.

Por outro lado, críticas surgiram sobre o teor da solenidade. O comentário que viralizou resume a sensação de parte da população: “Entregando agora? Como assim entregando, pô? Tava pronto.” A fala reflete o questionamento de quem aponta que a maternidade já estava em funcionamento e sugere que a prefeitura visa “carimbar” a obra com seu nome, associando a gestão à reestruturação.

A gestão municipal, por sua vez, argumenta que foram realizados avanços no atendimento, modernização de ambientes, contratação de equipes multiprofissionais e ampliação dos serviços especializados. Segundo a administração, a reestruturação transformou o HAMA em referência regional tanto para ginecologia quanto para obstetrícia, agregando reconhecimento nacional pela certificação ONA.

Apesar das críticas, setores do governo destacam que essa modernização é um marco para a saúde pública da cidade, estendendo a atenção integral à mulher e à primeira infância. O episódio mostra como eventos de “entrega” costumam ser apropriados politicamente, tornando-se parte das campanhas e da disputa narrativa sobre feitos de cada gestão. Em futuras eleições, o nome da prefeita certamente será associado ao novo momento do HAMA, mesmo diante dos questionamentos sobre quem de fato “entregou” o hospital.