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Disputa ao Senado expõe desafios internos para base governista de Sergipe

Alessandro Vieira e André Moura. Imagem gerada por IA

Durante entrevista concedida na manhã desta terça-feira (11) ao programa apresentado por Narciso Machado na rádio Fan FM, André Moura abordou com franqueza as dificuldades da formação da chapa ao Senado em 2026. Com a possibilidade crescente de dividir palanque com Alessandro Vieira, Moura reconheceu que o maior desafio para o governador Fábio Mitidieri será administrar os ânimos de seus aliados e evitar que “os adversários estejam dentro”.

Moura sugeriu que Mitidieri, como líder do agrupamento, terá de assumir o papel de árbitro e estipular regras claras para a convivência entre os pré-candidatos. “Se o governador realmente escolher o senador Alessandro como o segundo nome, cabe ao governador estabelecer ali, minimamente, regras para essa convivência”, afirmou, ressaltando que seria um episódio inédito na história política estadual.

O tom bem-humorado da conversa, com sugestões como colocar os dois candidatos na mesma camisa em caso de embate sobre o palanque, não esconde o receio de um clima tenso. “Não vai precisar nem dos adversários, vocês é quem vão se atacar dentro”, brincou Moura, apontando para o risco de embates diretos entre os aliados. A expectativa é de que Mitidieri, além de consolidar os feitos de sua administração, dedique esforços para garantir ordem e unidade no grupo.

Especialistas em política local afirmam que situações semelhantes já causaram prejuízos em disputas anteriores, e alertam que a falta de consenso pode enfraquecer a base governista na corrida ao Senado. A condução dessa chapa será um dos principais testes de liderança para Fábio Mitidieri nas eleições de 2026.