A possível abertura de um processo de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, voltou ao centro do debate político após a publicação de uma matéria pelo portal Poder360, que apontou os posicionamentos de senadores sobre o tema. Entre os nomes citados, o senador sergipano Alessandro Vieira (MDB) aparece como favorável à medida — e fez questão de reafirmar sua posição à coluna Domingueira, escrita pelo jornalista Narcizo Machado com com colaboração de Raphaella Teles, no site FAN F1.
“Não fui consultado [pela reportagem]. Mas a minha posição favorável ao impedimento do ministro Alexandre é notória desde 2019”, destacou Alessandro, reforçando sua coerência em relação às críticas que tem feito ao ministro nos últimos anos, especialmente quanto à atuação de Moraes em temas ligados à liberdade de expressão e decisões monocráticas.
O senador Rogério Carvalho (PT), também citado na matéria como contrário ao impeachment, afirmou que não foi procurado pela reportagem e questionou a veracidade da apuração. “Não fui consultado. Assim como eu, os outros também não foram consultados”, disse, também para a Domingueira, sem confirmar se, de fato, é contra a proposta de impedimento.
O senador Laércio Oliveira (PP) aparece na publicação como indefinido e, até o momento, não se manifestou publicamente sobre o assunto.
A declaração de Alessandro reacende a discussão sobre os embates entre o Supremo Tribunal Federal e o papel do Senado Federal como fiscalizador da Corte. Enquanto parte do Congresso defende mais freios ao Judiciário, outra parcela avalia que os pedidos de impeachment são tentativas de intimidação que fragilizam a democracia.
É importante lembrar que em 2019, Alessandro Vieira esteve à frente da tentativa de instalação da CPI da Lava Toga. A comissão não foi instalada porque, segundo o próprio Alessandro, foi enterrada pela família Bolsonaro e o PT.