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Kitty Lima evidencia protagonismo de Sergipe no setor energético e reforça pautas da causa animal

Durante pronunciamento na Sessão Plenária desta quarta-feira (10), a deputada estadual e vice-líder do governo na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), Kitty Lima (Cidadania), destacou a atuação do governador Fábio Mitidieri em eventos internacionais do setor energético, além de reforçar pautas voltadas à causa animal e à proteção socioambiental em Sergipe.

A deputada iniciou seu pronunciamento celebrando a participação do governador Fábio Mitidieri na “Gastech 2025”, maior exposição mundial do setor energético, realizada em Milão, Itália. Segundo a parlamentar, o evento reúne mais de 50 mil participantes de 150 países, além de mil expositores e mil palestrantes.

“Nosso governador está levando ao mundo a mensagem de que Sergipe é protagonista na matriz energética do Brasil. Hoje, já somos responsáveis por 20% da oferta nacional de gás natural, o que nos coloca no centro da transição energética, abrindo portas para investimentos bilionários, empregos qualificados e crescimento sustentável”, afirmou Kitty Lima.

A deputada também ressaltou que Sergipe caminha para ser o primeiro estado do país a adotar a estocagem subterrânea de gás natural, uma tecnologia que garante maior segurança energética, flexibilidade de mercado e menor dependência de importações.

“É uma inovação que traz estabilidade e atratividade para o nosso território. Isso representa mais indústrias interessadas, mais oportunidades para os sergipanos e energia mais confiável”, completou.

Caso de envenenamento de cães em Lagarto

A parlamentar também trouxe à tribuna um caso de envenenamento de animais no município de Lagarto, registrado no final de agosto. Durante a fala, foi exibido um vídeo com imagens de câmeras de monitoramento que mostram o crime. Segundo ela, a Polícia Civil já concluiu o inquérito e indiciou o autor.

“Houve crime, crueldade, violência contra nossos anjos de quatro patas. Mas, apesar disso, o responsável não está preso. Isso revolta a todos que amam os animais”, criticou a deputada, ao cobrar mais celeridade e rigor do Ministério Público e do Poder Judiciário.

Kitty reforçou que envenenar animais não é apenas um crime contra os bichos, mas uma ameaça à segurança das comunidades.

“E se uma criança tivesse achado o veneno? Precisamos mudar esse cenário. Aqui tem quem fale pelos animais”, disse, pedindo justiça exemplar no caso.

Fim da tração animal em áreas urbanas

Em outro ponto do pronunciamento, Kitty Lima retomou uma antiga pauta: o fim do uso de carroças com tração animal em áreas urbanas. Ela relembrou o Projeto de Lei nº 106, de 2017, de sua autoria enquanto vereadora de Aracaju, que previa o fim gradual da prática com políticas de transição para os carroceiros.

“Falaram na época que eu queria desempregar as pessoas da noite para o dia. Mentira. A proposta sempre foi com responsabilidade, inclusão social e justiça para todos”, afirmou.

A deputada alertou que tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei nº 176/2024, de autoria do deputado federal Matheus Laiola, que propõe a criminalização do uso de veículos de tração animal em zonas urbanas em todo o país, prevendo penas de reclusão de 1 a 4 anos.

“Se Sergipe e Aracaju não fizerem o dever de casa, a lei federal vai chegar e pegar todos despreparados. O momento de agir é agora”, reforçou.

Ela também mencionou iniciativas em curso na capital sergipana, como o cadastro de carroceiros, coordenado pela Emsurb, e sugeriu a adoção do “Cavalo de Lata”, veículo motorizado que pode substituir os animais.

“Já enviei emendas para a compra desses veículos. Precisamos garantir qualificação, emprego digno e respeito aos animais”, pontuou a parlamentar, citando ainda que a prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, apoiou a proposta quando era vereadora.

Compromisso com a causa animal e justiça social

Kitty Lima encerrou sua fala reafirmando o compromisso com políticas públicas que protejam os animais e ofereçam alternativas dignas aos trabalhadores que ainda dependem da tração animal para sua subsistência.

“A luta pelos animais também é uma luta de justiça social. Quando protegemos os indefesos, protegemos a essência da vida em comunidade. Não queremos inimigos, queremos soluções que incluam todos”, finalizou.

Foto: Jadilson Simões / Agência de Notícias Alese