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Negociações entre PSB e Cidadania podem embaralhar cenário político em Sergipe para 2026

As eleições de 2026 já dão sinais de que podem ser ainda mais imprevisíveis do que se imagina. A nível nacional, a imprensa tem noticiado as conversas avançadas para a formação de uma federação entre PSB e Cidadania. Reportagens de O Globo, Exame e Metrópoles apontam que o acordo está em curso e deve impactar diretamente os palanques estaduais e municipais.

Em Sergipe, os reflexos desse movimento seriam imediatos, já que os dois partidos contam com lideranças de peso em lados opostos da política local. Pelo Cidadania, Georgeo Passos, presidente estadual da sigla e hoje o principal opositor do governador Fábio Mitidieri (PSD) na Assembleia Legislativa. Pelo PSB, Zezinho Sobral, vice-governador e secretário da Educação, um dos nomes mais fortes da base governista.

No campo municipal, o quadro também se repete. De um lado, Ricardo Marques (Cidadania), vice-prefeito e secretário de Comunicação de Aracaju, alinhado à gestão de Emília Corrêa (PL). Do outro, Elber Batalha (PSB), líder da oposição na Câmara Municipal.

A eventual federação colocaria adversários históricos sob o mesmo guarda-chuva partidário, levantando dúvidas sobre convivência e arranjos locais. Até aqui, o único a se pronunciar publicamente foi Georgeo Passos, que já cravou: não sobe no palanque com Mitidieri, ainda que a união partidária se concretize.

O impasse abre espaço para especulações. Se a federação se oficializar, quem comandará a nova estrutura em Sergipe? Haverá migração de quadros de oposição para a base governista, ou o contrário? Certo é que os movimentos internos prometem embaralhar as alianças e tornar o cenário eleitoral ainda mais conturbado.

O que hoje parece contradição pode virar pragmatismo político em 2026. Até lá, o jogo segue aberto e os bastidores, cada vez mais movimentados.