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Rodrigo Valadares nega golpe no PL e justifica chegada ao comando como ocupação de “espaço vazio”

Edvan Amorim VS Rodrigo Valadares: quem leva a melhor nessa disputa?

O deputado federal Rodrigo Valadares ofereceu nesta terça-feira (10), em entrevista ao jornalista Narciso Machado na Rádio Fan FM, sua versão sobre a polêmica troca de comando no PL de Sergipe. Segundo Rodrigo, a saída de Edvan Amorim foi uma decisão nacional anterior ao convite para que ele assumisse o partido, e que o comando foi oferecido primeiro a Valmir de Francisquinho, que recusou por não querer parecer traidor.

Rodrigo enfatizou que “não tentou buscar o partido de ninguém” e que “ocupou um espaço que estava vazio”. Ele revelou que o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, ofereceu o comando da sigla a Valmir de Francisquinho durante todo o ano de 2025, chegando inclusive a telefonar múltiplas vezes comunicando a intenção de passar o comando para o prefeito de Itabaiana.

“Inclusive, me chamou, por algumas vezes, dizendo que iria passar o comando para Valmir de Francisquinho. Eu disse, presidente, essa sua decisão, conto com o nosso apoio, pode ter certeza que a nossa vontade é de ir para o PL, de ser candidato avalizado pelo PL, que é a missão que Bolsonaro me deu”, declarou Rodrigo, confirmando informações já ventiladas pelo próprio Valmir.

O deputado explicou que Valmir recusou os convites por ter ligação com Edvan Amorim e não querer “parecer traição”, o que teria motivado a recusa sistemática. “Após essas recusas, nós fomos convidados para assumir. Eu, claro, pela legislação, não posso ir de imediato. Então, já firmou-se o compromisso que eu irei logo assim que a legislação permitir, seja na janela partidária. E Moana ocuparia a presidência”, disse.

Rodrigo demonstrou preocupação em manter a unidade partidária, afirmando que quer que Valmir permaneça no PL, assim como Talysson de Valmir e Ícaro de Valmir, com quem conversou por mais de 40 minutos na segunda-feira. “A vontade é que ele possa permanecer no partido, que Talysson possa permanecer no partido, que Ícaro, que é o irmão que a vida me deu, possa permanecer no partido”, declarou.

Por fim, Rodrigo disse compreender “de maneira muito madura” a frustração de Edvan Amorim, mas defendeu que o ex-presidente do PL “não deve estar chateado” com ele, já que “não foi tirar o partido dele” e sim ocupar “um lugar que estava vago”. A versão de Rodrigo busca amenizar as tensões internas e justificar sua chegada ao comando como consequência natural dos acontecimentos, e não como uma manobra articulada para afastar Edvan Amorim.