A CPI do Crime Organizado, de autoria do senador Alessandro Vieira (MDB/SE), foi oficializada na terça-feira, 17 de junho, com a leitura do requerimento em plenário pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A comissão já está apta para instalação e aguarda apenas a indicação dos membros pelos partidos.
A comissão parlamentar de inquérito vai investigar a atuação de facções criminosas e milícias em território nacional, examinando como esses grupos se financiam, operam e se infiltram em instituições públicas e comunidades. O objetivo é apresentar propostas efetivas para o combate ao crime organizado.
Alessandro Vieira destacou a dimensão do problema a ser investigado: “O crime organizado se tornou um negócio bilionário, com influência dentro e fora dos presídios, nas comunidades e até em órgãos do Estado. O Senado precisa reagir com firmeza e responsabilidade”.

O requerimento da CPI foi protocolado em fevereiro e obteve 31 assinaturas de apoio. A previsão é que os trabalhos da comissão tenham início logo após o recesso parlamentar.
Dimensão do problema
Conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil contabilizou 47,3 mil mortes violentas em 2022. Estimativas indicam que facções criminosas podem faturar até R$ 335 bilhões com o tráfico internacional de drogas. As milícias, por sua vez, obtêm lucros através de cobranças ilegais e controle de serviços em áreas vulneráveis.
“A CPI será uma oportunidade de aprofundar as investigações, responsabilizar envolvidos e propor mudanças na legislação para cortar o dinheiro que alimenta essas organizações e fortalecer a segurança pública”, ressaltou o senador sergipano.