
A médica cirurgiã Daniele Barreto de Oliveira, investigada por suspeita de ser a mandante do assassinato do marido, o advogado criminalista José Lael Rodrigues Júnior, deixou o Presídio Feminino (Prefem) na manhã desta quinta-feira, 15, após cerca de seis meses detida.
A decisão que resultou na liberdade foi proferida pelo ministro Gilmar Mendes e aprovada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira, 14. A concessão da prisão domiciliar se baseou em dois fatores: indícios de que Daniele teria sido vítima de violência doméstica e a aplicação de uma norma do Código Penal que garante à mulher o direito de cuidar de filho menor de idade. O filho da médica estava sob custódia de um irmão mais velho.
Após a saída do presídio, Daniele será encaminhada à Central de Monitoramento Eletrônico de Presos (CEMEP), da Secretaria de Estado da Justiça e de Defesa do Consumidor (Sejuc). Ela ficará proibida de sair de casa e deverá cumprir outras medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica.
O processo segue sob sigilo. Até agora, sete pessoas foram presas por suspeita de envolvimento no crime, incluindo a própria médica, sua secretária, uma amiga e dois homens apontados como executores. Outros dois suspeitos foram detidos no dia seguinte às primeiras prisões.
O caso
José Lael foi morto a tiros na noite de 18 de outubro de 2024, dentro de um carro, na zona sul de Aracaju. No momento do crime, o filho da vítima também estava no veículo, foi atingido pelos disparos, passou por cirurgia e continua em recuperação.
A defesa da família do advogado informou que irá se pronunciar em breve.