A votação dos vetos da prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), foi mais uma vez adiada nesta quarta-feira (12) devido à falta de quórum na Câmara Municipal de Aracaju (CMA). Apenas nove vereadores registraram presença, enquanto são necessários pelo menos 14 para que a votação ocorra.
Estiveram presentes o presidente da Casa, Ricardo Vasconcelos, além de Camilo Daniel, Elber Batalha, Iran Barbosa, Breno Garibalde, Miltinho Dantas, Bigode do Santa Maria, Sônia Meire e Selma França. Ao fim da sessão, o presidente convocou uma nova para esta quinta-feira (13), na expectativa de reunir o número mínimo de parlamentares para dar continuidade à análise dos vetos.
Vetos envolvem tributação, taxas e subsídios
Os três vetos da prefeita Emília Corrêa têm gerado polêmica e travado a pauta da Câmara. As propostas vetadas são:
- Mudança na tributação de escolas particulares: Reduz encargos fiscais para instituições de ensino, aliviando os custos do setor.
- Pagamento único da taxa de vigilância para consultórios odontológicos: Isenta consultórios odontológicos do pagamento duplicado da taxa de vigilância sanitária.
- Bloqueio do repasse de subsídios do transporte para empresas com dívidas trabalhistas: Impede que empresas de transporte público com débitos trabalhistas recebam recursos municipais.
Articulação política e mudança de postura
A retirada de quórum na sessão anterior foi articulada pelo líder do governo na Câmara, Isac Silveira (União), em uma estratégia para ganhar tempo e fortalecer o apoio aos vetos da prefeita. A manobra ocorre em meio a críticas à mudança de postura de Emília Corrêa, que apoiou os projetos vetados enquanto era vereadora.
A expectativa agora recai sobre a sessão desta quinta-feira (13), quando a base governista tentará garantir presença suficiente para a votação. Enquanto isso, movimentos sociais, empresários e profissionais de diversas categorias seguem pressionando os vereadores para a derrubada dos vetos.
Pressão popular e mobilização
O adiamento da votação intensificou a mobilização de setores interessados na rejeição dos vetos. Movimentos sociais, donos de escolas, profissionais de odontologia e trabalhadores do Grupo Progresso têm exigido uma definição por parte dos vereadores e cobrado coerência do governo municipal.
Com a nova sessão marcada, a prefeita Emília Corrêa tem mais um dia para assegurar apoio na Câmara e tentar impedir a derrubada de suas decisões.