Ambulantes que trabalharam no Forró Forçado 2025, realizado no último sábado, 25 de outubro, em Nossa Senhora de Lourdes, denunciaram que teriam sido forçados a contribuir com bebidas alcoólicas para o camarote do prefeito Saulo Galeguinho (PT), além da taxa de alvará já prevista.
A denúncia chegou através de um ambulante que participou da festa e teria recebido um áudio de visualização única atribuído a José Roberto dos Santos, secretário adjunto de Cultura do município. No áudio, que foi gravado com outro celular por precaução, a voz indica que, após reunião com o prefeito, ficou estabelecida uma contribuição adicional dos vendedores ambulantes.
“Pessoal, boa tarde. Desculpe já não ter entrado em contato com vocês, porque a gente estava aguardando o prefeito para uma reunião. E depois dessa reunião ficou estabelecido que vocês, além dessa taxa aí de R$ 188,10, que vão pagar o alvará, cada um vai contribuir com quatro caixas de Heineken em lata, mais quatro caixas de cerveja Brahma, certo? E dois litros de Red Label e mais quatro litros de água de coco para dar suporte ao camarote do prefeito”, diz a gravação.
O áudio prossegue informando que, no sábado, assim que os ambulantes se estabelecessem no espaço, alguém da comissão passaria recolhendo o material exigido. A lista de bebidas incluía marcas premium e somaria valor considerável além da taxa oficial de alvará.
RESPOSTA
Procurado sobre o caso, o secretário municipal de Cultura, Esportes, Meio Ambiente, Turismo e Lazer, Nalbert Aragão, informou que o que foi cobrado por cada “capeteiro” (como são chamados os ambulantes) foi apenas a taxa de alvará no valor de R$ 188, conforme mencionado no próprio áudio. Segundo Aragão, em nenhum momento foi solicitada essa contribuição adicional de bebidas.
O secretário afirmou ainda que nem ele nem o prefeito Saulo Galeguinho têm conhecimento da exigência denunciada, mas garantiu que já estão resolvendo a situação.





