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Feirinha da Gambiarra reúne afetos, ideias e muita criação sergipana

Fotos: Rafael Borgatto

A 37ª edição da Feirinha da Gambiarra foi mais uma daquelas que ficam na memória. No Parque da Sementeira, a arte encontrou abrigo sob as árvores, e a criatividade correu solta entre barracas coloridas, sons diversos e trocas verdadeiras.

Segundo a idealizadora do projeto, Isabelle Ribeiro, a proposta da Feirinha é fomentar a economia criativa por meio da criação de um espaço para o surgimento de novas marcas e o apoio a marcas que já existem. “Fazemos isso desde 2012 e agora chegamos a mais uma edição, apoiando a instituição Ciclo Fraterno, o que fazemos em todas edições, que é adotar uma instituição, desta vez, que trata da pobreza menstrual. A Feirinha da Gambiarra é um caldeirão cultural, com tudo ao mesmo tempo, música, área para crianças, gastronomia e expositores”, destacou.

Para quem empreende, é oportunidade. “A Feirinha é um grande suporte pra nós. Muitos conhecem a minha marca aqui”, contou a empreendedora Layres Pedral, da Ohana Aju, que participou pela terceira vez. Já para quem visita, é reencontro. Márcia Silva, do Rio de Janeiro, agora morando em Aracaju, voltou à feira com a família: “Comprei camisas com estampas que representam Sergipe. A Feirinha está ainda mais bonita”.

Na trilha sonora, artistas locais e de fora. Foi a primeira apresentação de Bob Lelis no palco da Gambiarra, mas ele já era de casa: “Frequento desde 2012. Hoje, vim com a Rural do Forró e foi lindo. A Gambiarra movimenta tudo: cultura, economia, gente.”

É isso que faz a Feirinha pulsar: a mistura. Como define o frequentador Filipe Santos, “tem arte, comida, gente diferente e muita coisa boa acontecendo ao mesmo tempo. É um espaço necessário pra cultura sergipana.”

E mais uma vez, a solidariedade fez parte: foram arrecadados cerca de 589 pacotes de absorventes para o projeto Ciclo Fraterno, reforçando que consumir local também pode ser um ato coletivo.

Desde 2012, a Feirinha da Gambiarra é esse lugar de encontros. E a cada edição, ela prova que ser feita por muitas mãos é o que a torna tão única.