Nos bastidores políticos de Sergipe, o deputado federal Rodrigo Valadares tem sido apontado como o principal agente de uma movimentação interna para assumir o comando do PL no estado. Mesmo antes da sua chegada oficial ao partido, já teria promovido articulações para retirar o atual presidente municipal, Edvan Amorim, do comando, gerando clima de desconforto dentro da legenda.
Um vídeo publicado em 18 de junho de 2024 traz declarações sobre esse cenário, em que o presidente municipal do Republicanos revela que, por laços de amizade entre Edvan Amorim e Valdemar Costa Neto, o PL estaria “nas mãos de Edvan”. Ele destaca que “Edvan coloca o Eduardo no PSDB, coloca ele em qualquer outro partido, mas o PL não sai da mão de Edvan, e isso fica desconfortável pra todo mundo”. O comentário evidencia o peso das relações pessoais e alianças que mantém Edvan na liderança do partido, apesar das pressões.
Ao mesmo tempo, o vídeo aponta Rodrigo Valadares como “o maior bolsonarista do Estado de Sergipe”, que apesar do alinhamento nacional com a família Bolsonaro, apoia localmente a prefeita Emília em Aracaju. A presença da esposa de Rodrigo, Moama Valadares, numa posição de destaque dentro do PL, gera ainda mais tensões internas, com receio de que sua influência possa prejudicar candidatos a vereador no partido.
A coluna política do jornalista Narciso Machado, veiculada recentemente, reforça esse cenário, destacando que o prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, apoia a ideia de que o deputado Ícaro de Valmir assuma a presidência do partido, mantendo a tradição de ter um deputado federal no comando estadual do PL. Valmir também teria recebido convite para presidir o partido, mas recusou para evitar a pecha de traidor, já que a indicação contestaria o mandato atual de Edvan Amorim, tendo sido feita sem seu consenso.
Dessa forma, surgem interpretações contraditórias sobre a saída de Edvan: enquanto alguns veem a ascensão de Rodrigo Valadares como um golpe interno, outros entendem que Edvan teria sido convidado a se retirar. A oposição interna e os atritos evidenciam que o comando do PL em Sergipe está em um momento de instabilidade e que os próximos capítulos da disputa terão impacto nos rumos eleitorais do estado.
O cenário segue acompanhando a atenção, e qualquer novidade sobre o desenrolar dessa disputa receberá ampla cobertura para esclarecer os efeitos dessas movimentações dentro do PL sergipano.