Dark Mode Light Mode

Sergipe avança nas políticas públicas e nos índices de alfabetização de crianças e pessoas a partir dos 15 anos

Regime de colaboração entre Estado de Sergipe e municípios é referência na qualificação da Educação; iniciativas como os programas Alfabetizar Pra Valer, Alfabetiza Sergipe e ProSic também são reconhecidos como impulsionadores da alfabetização

O índice de alfabetizados em Sergipe entre 15 anos ou mais aumentou de 10,8% para 11,2%, de acordo com a última edição Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD). Os dados refletem os avanços das políticas públicas do Governo de Sergipe no enfrentamento ao analfabetismo no estado. O regime de colaboração entre o Estado e Municípios por meio do Alfabetizar pra Valer, a consolidação do Alfabetiza Sergipe e a continuação e ampliação de turmas do Programa Sergipe na Idade Certa (ProSic) vão ao encontro da agenda de inclusão e transformação social pela educação. 

Em 2023, Sergipe estava na 23ª posição entre os estados com mais pessoas não alfabetizadas na faixa etária de 15 anos ou mais, com um percentual de 11,2%. De 2023 para 2024, Sergipe reduziu a taxa de analfabetismo, passando de 11,2% para 10,8%, uma queda de 0,4 ponto percentual, saindo da 23ª posição entre os estados para a 17ª colocação. A expectativa é de que nas próximas pesquisas oficiais do IBGE esse número seja ainda mais positivo. 

O secretário de Estado da Educação, Zezinho Sobral, destaca que Sergipe, estrategicamente, tem motivado os alunos à permanência escolar e enfrenta a infrequência com a melhoria da infraestrutura das escolas, climatização dos ambientes e com estratégias de busca ativa escolar, inclusive com programas que garantem incentivos, como o ‘Educação Nota 10’, ‘Cuidar-SE’, ‘Acolher’, ‘Estudante Monitor’, ‘Sergipe no Mundo’ e o ‘Pé-de-Meia’, do Governo Federal. “O Governo de Sergipe tem trabalhado para ofertar uma educação de qualidade a fim de que mais sergipanos estejam alfabetizados. A mudança dessa realidade está na democratização do acesso à matrícula, no fortalecimento da Educação de Jovens e Adultos, tanto para o Ensino Fundamental quanto para o Ensino Médio; nos avanços da Busca Ativa Escolar com o regime de colaboração com os municípios, no programa ‘Alfabetiza Sergipe’ e na Correção de Fluxo. Ainda há muito o que percorrer, mas os dados mostram que Sergipe enfrenta com firmeza, consolidando políticas públicas de alfabetização e cidadania”, destaca o secretário de Estado da Educação, Zezinho Sobral.

O gestor frisa, ainda, a consolidação de programas institucionais, como ‘Alfabetiza Sergipe’, a ampliação da oferta da Educação de Jovens e Adultos (EJA), tanto para o ensino fundamental quanto para o ensino médio, com um total 10.261 matriculados em 2025.

O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seed), certificou 3.482 estudantes com o Programa Alfabetiza Sergipe em 2025, ou seja, jovens e adultos que puderam ler e escrever pela primeira vez. Isso demonstra que o quantitativo de sergipanos que ainda não são alfabetizados tem caído ao longo dos anos.

Em 2025, o programa contabilizou 275 turmas concluídas em 33 municípios, com destaque para Aracaju, Simão Dias, Lagarto e São Cristóvão, responsáveis por quase um quarto das formações finalizadas. Os dados destacam o alcance amplo da iniciativa e o impacto positivo na vida de jovens, adultos e idosos que passam a exercer sua cidadania de forma mais plena.

O gestor do programa ‘Alfabetiza Sergipe’, Everton Pereira, explica que quanto mais Sergipe aumenta no ranking, inversamente proporcional diminui o número de pessoas não alfabetizadas. “Estamos, ao longo dos anos, enfrentando com políticas públicas consolidadas e atingimos o menor nível em 2024, ou seja, 10,8%, saltando da 23ª posição entre os estados com mais pessoas não alfabetizadas na faixa etária de 15 ou mais para a 17ª posição. Se comparado com os estados do Nordeste, somos o quarto melhor estado”, afirma.

Linha positiva

O coordenador do Serviço de Educação de Jovens e Adultos da Seed, Gleyson Souza Santos, informa que para 2026, há a expectativa de ampliação do número de matrículas na Educação de Jovens e Adultos, considerando o trabalho desenvolvido pelos articuladores regionais, como agentes de governança do Pacto da EJA em Sergipe, que vêm mobilizando as secretarias municipais de educação e os gestores escolares para a intensificação das ações de chamada pública e busca ativa junto ao público potencial da modalidade. “Como diferencial para 2026, destaca-se a disponibilização de livros didáticos específicos para a EJA, contemplando tanto o Ensino Fundamental quanto o Ensino Médio, o que tende a qualificar o trabalho pedagógico e fortalecer a permanência dos estudantes na modalidade”, afirma.

Com o avanço do Pacto pela Alfabetização de Jovens, Adultos e Idosos — o Pacto da EJA em Sergipe — , as secretarias municipais de educação têm sido mobilizadas e incentivadas a aderir ao Programa Brasil Alfabetizado (PBA), fortalecendo ainda mais a política de alfabetização no estado.

Alfabetização na idade certa

Mais de 11 mil alunos na rede estadual de Sergipe são acompanhados pelo Programa de Correção de Fluxo Sergipe na Idade Certa (ProSIC), além da ampliação do regime de colaboração com os municípios, o que faz o estado de Sergipe diminuir a distorção idade/série.

Em 2022, eram 168 escolas participantes do ProSIC, 388 turmas e 9.757 alunos. Em 2023, foram 174 escolas da rede, beneficiando 505 turmas e 13.693 alunos na rede estadual. Já para o ano de 2024, foram 162 escolas, 456 turmas e 12.310 alunos. Em 2025, são 762 turmas, em 224 escolas e 11.389 alunos matriculados nas redes públicas estaduais e municipais.

No Colégio Estadual Jacinto Figueiredo, no conjunto Augusto Franco, em Aracaju, em 2025, duas turmas reduziram a distorção idade/série de mais de 50 alunos. A previsão é de que, em 2026, a escola também oferte essas turmas, a depender da procura. “É importante que ofertemos para corrigir a distorção idade /série e continuar proporcionando aos estudantes a oportunidade de acompanhar a aprendizagem no ensino regular”, pontua a diretora Lucimar Mangieri.