A prefeita de Aracaju, Emília Corrêa (PL), é alvo de um pedido de investigação protocolado no Ministério Público de Sergipe (MPSE) por suposto crime de improbidade administrativa e peculato. A informação foi divulgada com exclusividade pelo Hora News neste domingo (25). Acesse a matéria aqui.
A denúncia foi apresentada pelo historiador e coordenador de Comunicação da Rede Sustentabilidade em Sergipe, Carlito Neto, que solicita apuração de possíveis ilegalidades relacionadas ao recebimento de “mimos” — presentes de valor — por parte da prefeita, de empresas do comércio local.
Um dos elementos anexados ao pedido é justamente um conteúdo publicado pelo Fato Sergipe, no qual Emília Corrêa aparece ao lado do marido e secretário de Governo, Itamar Bezerra, divulgando a marca de roupas Dhillus após receber presentes da loja. Segundo Carlito, o caso levanta questionamentos sobre o uso do cargo público para promoção de marcas privadas — o que poderia ferir os princípios constitucionais da impessoalidade e moralidade na administração pública.
“A atual prefeita tem utilizado suas redes sociais oficiais e pessoais para divulgar o recebimento de presentes de estabelecimentos comerciais locais”, afirma o coordenador da Rede no documento, citando, além da Dhillus, as lojas Dica Modas e Joalheria Pérola.
A denúncia aponta que os bens recebidos incluem joias, roupas, acessórios e outros itens de valor material, entregues à gestora após sua posse. O documento destaca o artigo 312 do Código Penal e a Lei nº 8.429/1992, que trata de improbidade administrativa, como base jurídica para o pedido.
Carlito Neto também solicita que a Câmara Municipal de Aracaju avalie a abertura de uma CPI para investigar a conduta da prefeita, conforme previsto na Lei Orgânica do Município.
O Fato Sergipe procurou a Prefeitura de Aracaju para saber o posicionamento da gestão municipal. “Por enquanto, não vamos nos manifestar sobre esse assunto”, informou a Secretaria de Comunicação do município.