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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), avalia uma troca na relatoria do projeto de lei que propõe anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. A medida busca reduzir o desgaste institucional, especialmente com o Supremo Tribunal Federal (STF), que se posiciona contra a proposta.
Atualmente, o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) é o relator na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), mas sua permanência é questionada por interlocutores de Motta, que o consideram parcial no debate. Valadares tem forte atuação bolsonarista, tendo participado de reuniões com Jair Bolsonaro e defendido que não houve tentativa de golpe de Estado na CPMI dos Atos Golpistas.
Inicialmente, Motta cogitou a criação de uma comissão especial para discutir o tema, mas a proposta foi rejeitada pelo PL, que reivindica a tramitação na CCJ conforme o acordo político firmado durante a eleição do presidente da Câmara.
Com o impasse, uma segunda alternativa seria indicar um relator capaz de buscar um equilíbrio entre os defensores e opositores da anistia. No entanto, diante da polarização na Câmara, encontrar um nome que transite entre os dois lados tem se mostrado um desafio.
O tema segue sensível e deve provocar intensos debates no Congresso Nacional nos próximos dias.
