Um levantamento realizado pela Serasa Experian, divulgado nesta terça-feira (25), revelou que 51% dos brasileiros sofreram algum tipo de fraude no último ano. Desses, 54,2% tiveram prejuízo financeiro, evidenciando a crescente preocupação com a segurança digital no país.
A pesquisa foi realizada com 877 pessoas, entre 18 e 65 anos, abrangendo todas as regiões do Brasil. A margem de erro é de 3,4% para mais ou para menos.

Principais fraudes identificadas O estudo aponta que os golpes mais frequentes envolveram:
- Uso indevido de cartões de crédito (47,9%);
- Pagamento de boletos falsos ou transações fraudulentas via Pix (32,8%);
- Phishing (roubo de dados por meio de e-mails e mensagens fraudulentas) (21,6%).
Prejuízos financeiros Entre os que perderam dinheiro, a maioria teve prejuízos entre R$ 100 e R$ 1 mil. Confira a distribuição dos impactos financeiros das fraudes:
- Até R$ 100: 17%;
- De R$ 100 a R$ 500: 35,5%;
- De R$ 500 a R$ 1 mil: 12,9%;
- De R$ 1 mil a R$ 5 mil: 19,5%;
- De R$ 5 mil a R$ 20 mil: 3,7%;
- Acima de R$ 20 mil: 3,7%.
Perfil das vítimas O levantamento também mostrou que:
- Homens foram mais afetados (52,5%) do que mulheres (49,3%);
- Quanto maior a idade, maior a incidência de fraudes: 40,8% das vítimas tinham entre 18 e 29 anos, 51,9% entre 30 e 49 anos, e 57,8% tinham mais de 50 anos.
Uso da tecnologia e fraudes digitais O estudo revelou que a adoção da biometria facial cresceu de 59% para 67% entre 2023 e 2024, com 71,8% dos entrevistados afirmando que se sentem mais seguros ao utilizá-la.
Por outro lado, a pesquisa alerta para o uso de inteligência artificial (IA) generativa para a criação de perfis falsos realistas, capazes de burlar verificações de identidade e tornar os golpes de phishing ainda mais sofisticados.
Compartilhamento de dados pessoais A exposição de informações pessoais também é um fator preocupante:
- 16,3% dos entrevistados relataram ter perdido ou tido documentos roubados;
- 19% admitiram compartilhar dados pessoais com terceiros, elevando os riscos de fraudes.
As principais situações em que os entrevistados compartilharam dados foram:
- Compras online (73,7%);
- Abertura de contas bancárias (20,4%);
- Obtenção de empréstimos (15,2%).
Apesar do cartão de crédito ser o método mais visado por golpistas, ele continua sendo considerado o meio de pagamento mais seguro pelos entrevistados, superando a percepção de segurança de 2023.